Por Fábio Maisonavve
O PRESIDENTE Hugo Chávez acaba de ser derrotado no governo distrital de Caracas. Mau perdedor, decidiu esvaziá-lo. A canetadas, transferiu da administração local para a federal todos os hospitais e escolas e ainda arrebatou a TV Ávila, de alcance metropolitano. A Governadoria, totalmente pichada, foi atingida por disparos e dias atrás esteve bloqueada por militantes armados.
Na segunda-feira, Chávez completa dez anos como presidente -com a saída de cena do aliado Fidel Castro, já é o latino-americano há mais tempo no poder. E faz de tudo para ficar outros dez.
Pela segunda vez, mergulhou o país numa campanha para aprovar a reeleição indefinida em referendo. E seu principal inimigo, concluiu, são os estudantes universitários.
Esta notícia nos remete a dois fatos: primeiro mostrar que não nos devemos cegar na luta contra governos fantoches e apoiar incondicionalmente seus opositores, eles podem se tornar outros mostros. A segunda é que o povo está atento para isso e, engana-se que pensa que não. Chavez trouxe algumas boas transformações para a Venezuela, mas a alternância de poder é fundamental para o andamento da democracia. E o próprio povo venezuelano sabe disso. Entenda, eles não estão contra Chavez, e sim contra a reeleição initerrupta.
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