É claro que tem encontrado muita dificuldade para realizar este jogo duplo, não contando com o esperadoapoio do Brasil, com quem o governo americano tem acordos estratégicos desde o governo Bush. A América Central é um terreno que converge os interesses do capital americano e brasileiro para a produção de biocombustíveis e de pois para exportação do mesmo para os Estados Unidos. O Brasil também se alinhou com Obama na luta desencadeada contra a crise global - o que significa uma injeção elevada de dinheiro para resgatar os capitalistas que defendem o "livre comércio". O Brasil tem permitido a valorização da sua moeda, para estimular a entrada do capital especulativo, com os quais financia (através da dívida pública) o resgate Brasileiro.
A OEA está ganhando tempo para que chegue as eleições de Novembro próximo, em que dois candidatos alinhados com o golpe e, naturalmente, com os EUA concorram a presidência.
A nomeação de um mediador, Oscar Arias, presidente da Costa Rica, foi aprovada por todos os membros da OEA, apesar de que o fato de se colocar um mediador para gerir o golpe é uma evidência de que ele o golpe foi reconhecido. A decisão afastou das negociações o secretário-geral da OEA, o chileno Insulza, um sujeito idôneo na política, mas que não teve a confiança dos diplomatas americanos. Estados Unidos anunciou que irá se opor a uma re-eleição de Insulza.
O os EUA que tentarão mesmo é imprimir uma ligeira mudança na América central em direção a Washington, para isto resgatou o papel da OEA, começando pela revogação da disposição que excluia Cuba. O imperialismo não é identificado apenas com a táctica do "cacete", mas também com o "veludo luva".
Em meio as estas discussões, Obama e Raul não só retomaram as negociações sobre as principais migrações entres os dois países, como trataram de concessões para permitir voos para a ilha de costa oeste dos Estados Unidos. A dias horas atrás, Obama decidiu anular, por decreto, uma parte do embargo estabelecido em 1966 pela lei Helms-Burton.
O caso de Honduras está em pauta na agenda de negociações cubano-americanos, apesar do pronunciamento recente de Fidel Castro, que previu uma sucessão de golpes militares na América Latina não se o golpe de Honduras não fracassar.
O fim do embargo é uma negociação bilateral - nem Obama nem Castro têm um interesse em se tornar um problema latino-americano no caso do golpe hondurenho, de modo que venha desgastar o continente. Lula fervorosamente adere a esta posição: o Brasil já iniciou investimentos para exploração petrolífera no litoral de Cuba. A Argentina kirchnerista segue os mesmo passos: a maior parte dos "movimentos sociais" argentinos não se mostraram contra o golpe em Honduras.
O governo de Zelaya abriu brechas na dominação da oligarquia de Honduras, a partir de uma série de concessões para o presidente do movimento popular e da sua aliança com a Alba. Foi uma tentativa para resolver o estrangulamento financeiro das Honduras. A desintegração do regime hondurenho é insustentável, como tem acontecido em outras áreas da região.
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Concordo plenamente!
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